Criatividade ao máximo
“Foi depois de estudar desenho e gravura que assumi a coragem de criar minhas próprias peças”, conta Nido. A partir daí, ele entrou facilmente na esfera da escultura, para ser abraçado, em seguida, pelo design de mobiliário. A estreia em decoração aconteceu quando criou seus primeiros “tecidos de papel”, para uma exposição no Centro Cultural São Paulo. “Os tecidos revestiam estruturas de papelão reforçado e passaram a ser usados como xales para sofá e cortinas”, explica o designer. As estruturas, por sua vez, viraram mesas e cadeiras. “Foi uma passagem do bidimensional para o tridimensional.”
Trabalho sustentável
Com o tempo, o trabalho de Nido tomou rumos diferentes, e os materiais que ele aplicava também. Hoje, em seu ateliê, misturam-se garrafas PET com pneus, tecidos e bastante papelão. “Depois de ter explorado o papel e o papelão ao máximo, senti a necessidade de buscar outros materiais. O papelão, no lugar da madeira, é menos agressivo ao meio ambiente. Contatos com ONGs também me ensinaram os conceitos básicos do design e da arquitetura sustentável, no reuso de material descartado, que tenho empregado com maior freqüência em meu trabalho.” Esta preocupação ambiental, além da técnica e pesquisa de materiais, renderam a Nido Campolongo parcerias profissionais de grande porte, com a Fiesp e Natura, por exemplo, que o contrataram para trabalhos de cenografia e se renderam a um trabalho de características únicas.
Abaixo algumas obras do artista.
